ATA DA PRIMEIRA SESSÃO ESPECIAL DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 28.06.1996.

 

Aos vinte e oito dias do mês de junho do ano de mil novecentos e noventa e seis reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a receber o Senhor José de Paiva Netto, Presidente da Legião da Boa Vontade - LBV, de acordo com o Requerimento n° 25/96 (Processo n° 495/96), de autoria do Vereador Luiz Braz e aprovado pelo Plenário. Compuseram a Me­sa: 0 1° Vice-Presidente desta Casa, Vereador Edi Morelli, o Senhor Franklin Paulote de Paiva, filho e representante do Senhor José de Paiva Netto e o Jorna­lista Mário Emílio de Menezes, representante da Associação Rio-Grandense de Imprensa - ARI. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Luiz Braz , em nome das Bancadas do PTB, PDT, PMDB, PCdoB, PFL, PPS e PST, prestou sua homena­gem ao Senhor José de Paiva Neto por seus quarenta anos de trabalho dentro da Legião da Boa Vontade- LBV, ressaltando o forte sentimento de solidariedade que o acompanhou em toda a sua trajetória. Em continuidade, o Vereador Giova­ni Gregol, em nome das Bancadas do PT e PPB, discorreu sobre as importantes obras realizadas pela LBV em nosso País, tendo a sua frente o presente homena­geado na luta a favor do amor e de uma humanidade solidária e cristã. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Franklin Paulote de Paiva que, representando seu pai, o Homenageado José de Paiva Neto, agradeceu aos Se­nhores Vereadores desta Casa pela presente homenagem e teceu considerações sobre o trabalho realizado pela Legião da Boa Vontade na assistência às pessoas carentes. Logo após, o Senhor Presidente entregou ao filho e representante do ho­menageado a obra comemorativa as dez anos da nova sede da Câmara Municipal, "Porto Alegre à Beira do Rio e em meu Coração". Às dezesseis horas e quinze minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerrou a presente Sessão, agradecendo a presença de todos e convidando os Senhores Vereadores para a reunião da Comissão Representativa na próxima quarta-feira. Os traba­lhos foram presididos pelo Vereador Edi Morelli e secretariados pelo Vereador Luiz Braz, como secretário "ad hoc". Do que eu, Luiz Braz, secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata que, após ser distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1° Secretário e Presidente.

 

 

O SR. PRESIDENTE (Edi Morelli): Iniciamos os trabalhos da  1ª Sessão Especial para receber o Sr. Franklin Paulote de Paiva, filho mais velho do Sr. José de Paiva Neto.

Por motivos adversos o Sr. José de Paiva Neto não pode comparecer ficando representado por seu filho.

Nós convidamos, para fazer parte da Mesa, Franklin Paulote de Paiva e o jornalista Mário Emílio de Menezes, representante da ARI.

Queremos fazer uma breve colocação, não tanto como 1º Vice-Presidente da Casa, mas até como radialista de profissão. Tivemos o prazer de conhecer José de Paiva Neto e também o trabalho da LBV, atra­vés do núcleo, não sei se seria o termo exato, na Glorinha. Passa­mos um dia inteiro lá e conhecemos de perto pequeno trabalho feito pela grandiosidade da obra da LBV. Sinto-me honrado em presidir essa Ses­são Especial.

O Sr. Luiz Braz está com a palavra.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Quero saudar aqui a pessoa que veio rece­ber a homenagem em nome de José de Paiva Netto, que não poderia ser melhor, já que é o seu filho mais velho, o Sr. Franklin Paulote de Paiva. Quando eu vi o Franklin hoje - não o conhecia, apesar de conhecer o seu pai há bastante tempo - perguntei, para ele: "Mas qual é a sua idade mesmo?" Porque, de repente, olhamos para o Franklin e a impressão que se tem é que se está falando com um garoto de 16, 17 anos. Mas aí, vi a falha que cometia porque, afinal de contas, a virtude, o sucesso, a competência e a capacidade que são inerentes a Jo­sé de Paiva Netto, foram passadas para o filho e fizeram com que ele pudesse realmente permanecer na juventude mais tempo do que nós. Então por isso mesmo, apesar dos seus 29 anos, tem essa aparência maravilho­sa de um garoto, com a competência que a hereditariedade lhe transmitiu e a vida, através das suas experiências vividas, pode também lhe dar. Também quero cumprimentar o jornalista Mário Emílio de Menezes, que é representante da ARI, e que nos dá uma honra muito grande em po­der estar presente nesta homenagem. Quero agradecer a presença de to­dos os senhores que vindos das mais diversas regiões estão hoje aqui abrilhantando esta tarde na Câmara Municipal. Pedimos, mais uma vez, escusas, porque obrigados que foram os Vereadores discutir matéria importante, vocês acabaram permanecendo no Plenário mais tempo do que o previsto, fazendo com que os Senhores tivessem o disabor de ficar presenciando discussões que não dizem muito com o que vieram fazer, hoje, aqui. Infelizmente vocês ficaram travados aqui no Plenário.

Quero agradecer a presença de todos, dizer que nos sentimos, realmente, muito orgulhosos por tê-los, nesta tarde na Câmara Municipal. Presentes os Ver. Giovani Gregol, meu amigo, e meu companheiro de Bancada Edi Morelli, que preside esta Sessão hoje.

Solicitamos esta Sessão Especial para homenagear José de Paiva Netto por seus 40 anos de vida dentro da LBV. Nós o fizemos porque no dia 29, portanto amanhã, José de Paiva Netto estaria em Glorinha para inaugurar um dos complexos mais bonitos que já vi, para atender crianças no nosso Rio Grande do Sul. Vimos que não poderia, realmente, ser melhor a oportunidade para tentarmos fazer com que José de Paiva Netto pudesse estar, aqui, na Câmara Municipal, aproveitando a proximidade de Glori­nha. Fomos informados, nesta semana, que o Paiva Neto não poderia vir, hoje, participar da Sessão, mas que mandaria o seu representante, seu filho. Ficamos felizes, porque teríamos a oportunidade de conhecer o Franklin. Falar de Paiva Netto é falar, talvez, de um do espíritos mais iluminados que já tivemos em toda a humanidade. (Palmas.) Esta afirmação que faço é tão verdadeira que pode ser alicerçada facil­mente nos escritos de José de Paiva Netto, com seus livros com suas revis­tas, que servem para orientar o pensamento dessa grande Legião da Boa Vontade, não apenas no Território Brasileiro, como também em muitos outros países que já recebem também as benesses da LBV.

Mas além de ser este escritor talentoso, esta pessoa que é capaz de interpretar muito bem as Escrituras Sagradas e, além de fazer com que haja o alimento para o espírito, faz muito mais do que, isso porque também trabalha para que aquelas camadas mais desassisti­das de nossa população possam receber também o alimento para  o espirito e não apenas simplesmente o alimento para o corpo como se eles fos­sem          seres de segunda categoria; trabalha para fazer com que essas pes­soas que recebem alimento para o espírito possam se sentir pessoas i­guais às outras. (Palmas.)

Eu já tive a felicidade de estar em Brasília, visitando o Templo da Boa Vontade e fazendo aquelas duas viagens tão maravilhosas, penetrando no centro daquela pirâmide majestosas, chegando no centro energético da pirâmide, deixando ali pensamentos ruins e depois sair com o pensamento mais puro, sair do Templo num momento de muita calma, de muita mansidão. Essa viagem muitas pessoas já fizeram. Eu tenho cer­teza absoluta de que as pessoas mais afortunadas que chegam a Brasília não podem deixar de fazer essa grande viagem ao Templo da Boa Vontade. Bem ao lado do Templo há uma outra grande obra de José de Paiva Netto e da LBV, que é o “Parlamundi”, que fez com que todas as pessoas da humanidade, não apenas nós brasileiros, pudessem se orgulhar de existir um lugar na face da terra para poder discutir as relações mais elevadas entre os seres humanos. Nós, realmente vemos muitos Parlamentos, como este aqui, que discutem muitas vezes e, várias vezes, a maioria das vezes, a miséria humana, mas o Parlamundi, ele foi feito realmente, com espirito de elevação, pois lá se discutem as relações mais elevadas e se dirigem à humanidade, exatamente para que ela viva momentos mais afortunados.

Eu lia, ontem, a Biografia de Paiva Netto e passava os olhos por uma coisa extremamente importante. Eu acho que nem todas as pessoas conhecem toda a biografia de Paiva Netto. Mas, entre tantas coisas importantes de Paiva Netto, a gente vê que ele, como compositor, fez ao lado do Maestro Almeida Prado, uma composição intitulada "Sinfonia Apocalipse", que eu não sei se todos conhecem, mas boa parte das pes­soas deve conhecer. E esta Sinfonia foi tida por Gleid Watkson, da Rádio Nacional da Bulgária, como uma das dez obras-primas melódicas do nosso século. (Palmas.)

Este homem é capaz de fazer muitas coisas bonitas, de escrever muito bem, de ter muitas idéias bonitas, de deixar uma obra maravilhosa, de ter um pensamento político-filosófico que é um dos mais apropriados, não apenas para o nosso tempo mas também para os tempos que nós conhecemos através da história. Diz Paiva Netto, através da sua filo­sofia: "Não há regime bom enquanto o homem for mau." E, realmente, ele encerra nesta sua filosofia todo o pensamento que serve para o nosso Planeta, para o nosso mundo. Todas as filosofias que já foram coloca­das em prática nos quatro cantos do nosso mundo, na verdade, não deram resultado, não deram certo, não fizeram os homens mais felizes. Todas estas filosofias sucumbiram, não porque fossem filosofias ruins, mas como interpreta. Paiva Netto, perfeita, essa sua filosofia, - essas filosofias sucumbiram porque o homem ainda continua sendo mau na face da terra.

Esse trabalho que é feito por Paiva Netto e por toda a Legião da Boa Vontade é exaltado aqui nesta Câmara e por mim, nos quatro cantos e onde eu possa estar, porque o Paiva Neto tem essa preocupação de fazer com que o homem saia desse estágio de homem mau, de homem que apenas vê com egoísmo a sua possibilidade de futuro e de fazer com que esse homem possa penetrar outro tipo de filosofia mais solidária, mais coletiva, visando que a sociedade vossa ser melhor, que o mundo que estamos formando possa ser um mundo muito melhor, onde todos possam viver bem, um mundo mais igual, um mundo para crianças, não para crianças jogadas na calçada, crianças maltratadas, mas crianças de Terceiro Mundo que possam ser tratadas como crianças de Primeiro Mundo.(Palmas.) Um mundo onde haja assistência melhor para a velhice, uma distribuição melhor das riquezas do mundo e sem essa visão de egoísmo.

Conversava com o Franklin antes de vir para a Sessão, e perguntava para ele quantas vezes ele conseguia ver o pai, estar  com a família, e ele dizia que nesse tempo todo de vida ele conseguiu estar com o pai poucas vezes, porque o pai, depois que conheceu a obra inicial da LBV de Alziro Zarur, com quatorze anos, preferiu se entregar, doar-se para o mundo e para toda a sociedade, mesmo sacrificando aquilo de mais rico tem o homem, que é a sua própria família. Ele demonstra que se despe do egoísmo, se despe da vaidade a fim de que a relação entre os homens possa ser uma relação mais nobre.(Palmas.) Esse homem merece a nossa homenagem. Esse homem merece que nós todos possamos começar a nos despir de nossos pensamentos de vaidade e possamos fazer com que a soli­dariedade possa ser o pensamento maior que nos guie para estas relações que fazem com que nós terminemos este milênio e, quem sabe, possamos ajudar a forjar esta sociedade que quer a Legião da Boa Vontade, que constrói a Legião da Boa Vontade através dos pensamentos de Paiva Netto, Mas também através dos pensamentos de todos aqueles que são seguidores da sua filosofia. Eu me Sinto compensado por ter conhecido Paiva Netto, por ter conhecido a sua câmara a sua obra, por poder ser um dos seus seguidores, por poder estar na Câmara Municipal, hoje, homenageando os 40 anos de trabalho de Paiva Netto, por estar conhecendo mais alguém da sua família.

Amanhã, lá em Glorinha, aqui no Rio Grande do Sul, nós vamos “inaugu­rar”- eu falo inaugurar entre aspas porque é uma casa que já presta relevantes serviços já há algum tempo - um dos complexos mais avançados, mais modernos no atendimento à criança. Quando a gente fala de criança, principalmente num país como esse nosso onde basta sairmos aqui no centro da cidade para cruzar com crianças empobrecidas, entristeci­das, espezinhadas no mundo,  pelo tempo, pela sociedade. Quando a gente fala em crianças, sabemos exatamente que nós estamos mexendo com a matéria mais nobre que temos em toda a nossa sociedade, com o futuro da nossa sociedade. Paiva Netto dá um tratamento todo especial a este futuro.

Quem ainda não conhece um pouco da sua obra, basta se des­locar amanhã até Glorinha para ficar sabendo um pouco do que a LBV, através de Paiva Netto, faz por toda a sociedade brasileira e não apenas a sociedade brasileira, mas quantos outros países no mundo inteiro­ já estão recebendo este trabalho importante da LBV?

Nos livros de Paiva Netto, o que chama a atenção é que ele já não está há algum tempo preocupado apenas com a sociedade brasileira, mas ele está preocupado com a fraternidade universal, com uma sociedade que envolva todas  pessoas do mundo inteiro, tanto é que nas suas obras, nós vamos ver livros escritos em alemão, espanhol, inglês, esperanto, francês, todas as línguas dominadas por este espírito tão elevado que eu acredito se­ja realmente a estrela guia que deve ser seguida por toda a humanidade para que nós possamos ter uma sociedade melhor. ­

Eu sei que o meu grande amigo Vereador do PT vai usar a palavra, mas antes disso, eu fiz questão de registrar o meu reconhecimento e agradecimento ao Paiva Netto por estes quarenta anos de serviço frente a LBV.

Mandamos confeccionar uma placa que diz aquilo que pensamos desta trajetória de Paiva Netto. Vou pedir licença para o Franklin para poder lê-la antes de entregá-la. A placa diz: "Irmão José de Paiva Netto, a construção do edifício das virtudes já atinge limites celestiais. Nosso reconhecimento por esses quarentas anos de luta em prol de um mundo melhor”. (a) Vereador Luiz Braz. (Palmas.). Muito obrigado.

(Não revisto pelo Orador.)

 

O SR. PRESIDENTE : O Ver. Giovani Gregol está com a palavra e falará pelas Bancadas do seu Partido - o PT – e do PPB .

 

O SR. GIOVANI GREGOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Para mim, é uma grande satisfação vir a esta tribuna e representar a Bancada do meu Partido - o Partido dos Trabalhadores - que não só tem tido um trabalho destacado na esfera política do País como governa, há quase oito anos, esta Cidade de Porto Alegre. E governa - não sou eu, é o povo quem diz - bem. O nosso Partido  não tem-se destacado apenas no meio político, mas tem lutado por aquilo que vocês também lutam: por um País melhor, por uma Nação que dê uma perspectiva de bom futuro aos seus filhos, principalmente aos mais frágeis, que são crianças e os jovens.

Não tive ainda o prazer de travar conhecimento direto e pessoal com o nosso grande José de Paiva Netto. Certamente terei, espero ter uma longa vida e se Deus me permitir, terei o prazer de co­nhecê-lo, porque esse é um dos meus sonhos. Já está escrito nos Evangelhos que nos serve e a Paiva Netto, à Legião da Boa Vontade, que orientam os cristãos, kardecistas, ecumenistas, homens e mulheres de boa vontade, ali está escrito, na palavra do grande e supremo Mestre - Je­sus Cristo - que a árvore se conhece por seus frutos. Conhecendo e reconhecendo, como todas as pessoas que estão atentas à realidade, que não se preocupam apenas com o seu umbigo, consigo, com a sua família, nas se preocupam com a Pátria, com o mundo, enfim, com a humani­dade, vemos e constatamos há muito tempo - como toda a sociedade brasi­leira constata - que os frutos dessa semente plantada por José de Paiva Netto, assim como seus antecessores, o grande Zahrur e os seguidores de ambos, estão frutificando muito bem, graças ao Senhor, no País inteiro e fora do País. Se é verdade, e é incontestável, que a boa árvore se conhece pelos bons frutos, é incontestável por essa obra magnífica, que estamos tratando de uma pessoa, e de pessoas, um filho, aqui, que repre­senta o Dr. José, de grande estatura moral, ética e espiritual.

Tenho ouvido na televisão, de madrugada, gosto de ouvir as mensagens do Dr. José, as mensagens da Legião: tenho lido alguma coisa mas tenho mais ob­servado. Já fui contribuinte por algum tempo, depois, por dificuldades financeiras paramos, queremos voltar a contribuir financeiramente, porque existem várias maneiras de se contribuir com esse mutirão feito por vocês.

Lembramos das palavras sobre o grande livro de São João - o discípulo mais amado de Jesus - do Apocalipse: "Vivemos em tempo de Apo­calipse." E alguns pensam que o Apocalipse é o fim, que o mundo vai acabar. Aprendi com muitos pensadores, inclusive com José de Paiva Netto, que não é assim. O Apocalipse assusta a muitos, mete medo, e quando es­tamos amedrontados, sem paz, sem tranqüilidade, sem tirocínio, sem harmonia de espírito não podemos trabalhar pelo próximo e nem por nós mes­mos. Nesse final dos tempos, esse Armagedom já está acontecendo, vivemos isso dia a dia, a violência, a miséria, aque­la estrutura econômica e social que tem como parâmetro único ou principal o lucro, o dinheiro, a exploração do homem pelo homem, exploração da criança que cresce, hoje, no mundo inteiro, inclusive em nosso País enormemente, prostituição das nossas jovens, exploração do trabalhador, o desemprego, a fome, a guerra. Esta aí o Armagedom. Não é nada mais do que isso. Esta grande batalha está dentro de nós. Cada homem tem dentro de si o bem e o mal, mas ele tem o livre arbítreo que Deus nos deu para escolher.

 A Legião da Boa Vontade sempre capitaneada pelo Dr. José está constantemente nos ensinando, mostrando isso na prática não só no discurso. O Discurso é muito bonito e necessário, mas não é suficiente. Ele e seus seguidores estão nos mostrando na prática, da forma concreta e quotidianamente.  Assim nos ensina que nós deve­mos, podemos e temos como ganhar esta batalha que é, sobretudo, uma batalha espiritual que se concretiza em nosso mundo material, do bem contra o mal. (Palmas.)

Eu citava antes o pensador e esqueci de dizer que em nosso mundo ser ingênuo é um grande pecado. O Dr. José de Paiva Netto e seus seguidores não ingênuos Eu digo isso com tranqüilidade porque sou fundador do Partido aqui no Estado, nosso grande líder e presi­dente honorário do Partido está licenciado por vontade própria candidato a  Presidente de nosso País e uma vez quase chegamos lá e perdemos para uma pessoa cujo grande assessor, recentemente, foi morto. Sim, porque só os ingênuos acreditam que ele se matou. Lula esteve visitando, em São Paulo, a obra da LHV, acompanhado pelo Dr. José de Paiva Netto e sua esposa. Está no Boletim da Legião. Lula que já co­nhecia e lá foi porque quis ir, pois não foi por acaso, confirmou em suas palavras o grande trabalho que faz a Legião, a grande liderança ­do Dr. José inclusive, Lula, ali, textualmente diz que ele recomenda ao Brasil, aos municípios, e aos governantes de todos os partidos, que se inspirem, que continuem ajudando e tomando iniciativas nesse sentido, de dar pão a quem tem fome, de dar futuro; não só dar o peixe, mas ensinar a pescar. E Lula diz mais: se todos os políticos - e aí ele incluía a todos nós e a ele mesmo- se inspirassem mais neste trabalho de construção concreta, o Brasil, certamente, seria melhor. E seria muito melhor o nosso país, o nosso planeta que está aí sendo destruído.

Nós temos que fazer esse trabalho, temos que exercer aquela caridade cristã, ecumênica, paulina. São Paulo dizia: “Sem a fé eu não sou nada; eu sou um sino sem badalo, eu sou um violão sem corda; por mais inteligente, por mais brilhante que eu seja, se eu não tiver fé, amor e caridade, eu não sou nada”. Nós temos que fazer a caridade; mas, como diz o Dr. José, nos pronunciamentos, nós temos que pensar no futuro e na construção de uma sociedade solidária. Se há uma coisa que a nossa sociedade brasileira não é, se há uma coisa que a nossa estrutura econômica mundial não é, é solidária, justa. Impera hoje o reino da injustiça . Mas a semente do futuro e do bem está aí.

Nós temos que lembrar de uma coisa muito importante. Nós gos­tamos todos de falar e exigir direitos; mas não gostamos muito de lem­brar os nossos deveres, que devem andar junto com os direitos. Nós fa­lamos muito dos nossos direitos, mas esquecemos os direitos das futuras gerações - e eu digo isso como ecologista. Se hoje temos água pura para beber é porque os nossos antepassados cuidaram dos rios; se nós temos hoje árvores para construir esses objetos sem os quais não há vida civilizada, é porque ainda há florestas, que eles não destruíram; se nós ainda temos ar puro na nossa Cidade, ou relativamente puro, é porque eles não o poluíram, pelo menos não totalmente. Pensem agora, pensemos nós juntos com a LBV: se continuar o rumo atual da humanidade que tipo de mundo vamos deixar para as futura gerações? Que ar poluído, que águas imbebíveis, que florestas inexistentes, de onde virá o petróleo? De onde virá o minério, se tudo já foi gasto pela nossa sanha destruidora e avarenta de lucros? Nós temos que pensar também em propugnar pelos direitos daqueles que ainda não nasceram, das futuras gerações. Aquele sentimento de harmonia, de compromisso e de dever, e de amor principalmente, com todos os seres vivos, em primeiro lugar, o homem, inclusive aqueles que ainda hão de nascer.

Quero dizer que a LBV tem trabalhado e tem sido um exemplo com José de Paiva Netto a frente disso tudo e nós queremos aqui neste momento, pretender que ela cresça mais em todo o Brasil, aqui na nossa Cidade e que o Dr. José possa amanhã ou em outros momentos estar aqui conosco pessoalmente e que cresça cada vez mais essa compreensão e esse mutirão de luta por um futuro, luta contra o mal, luta do Armagedon, luta contra, mas principalmente luta a favor do amor e de uma humanidade solidária e cristã. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Vamos conceder a palavra, neste momento, ao jovem Franklin Paulote de Paiva, representan­do o homenageado, seu pai, José de Paiva Netto.

 

O SR. FRANKLIN DE PAIVA: Gostaria de agradecer as palavras do Ver. Giovani Gregol, muito verdadeiras e sinceras. Ao Ver. Edi Morelli, Vice - Presidente da Câmara Municipal; ao Ver. Luiz Braz, que é o propositor desta homenagem ao presidente Paiva e ao jornalista Mário Menezes, representando a ARI - Associação Rio Grandense de Imprensa.

Representar Paiva Netto, um homem que dedica quarenta anos à   humanidade, pelo povo, não é fácil, afinal de contas ele sempre esteve na vanguarda dos assuntos que possam levantar o que há de melhor no ser humano, por­que o que há de mau está aí às claras para todos verem. Ele não. Ele está sempre promovendo o que há de melhor. Este trabalho da Legião da Boa Vontade, os quarenta anos sendo comemorados no Sul, é algo espe­cial porque o Rio Grande do Sul era a antiga província de São Pedro e Paiva Netto, meu pai, entrou para a LBV no dia de São Pedro. Então, é natural que se comemore este dia no local que representa a antiga província e, também, porque o Rio Grande do Sul, Porto Alegre em es­pecial, é uma cidade muito querida a Paiva Netto e a todos os legio­nários do Brasil. Legionários é um termo que se dá a todos aqueles que se enquadram nesse ideal solidário e ecumênico da LBV. Então, to­dos que estão aqui, que estão nos ouvindo, são legionários.

Eu quero agradecer profundamente em nome de meu pai, José de Paiva Netto, es­tou muito honrado em estar aqui e receber essa homenagem a ele, tão merecida, porque é um homem sagrado, um homem que não fala, ele pra­tica, ele mostra. (Palmas.)

A Legião da Boa Vontade está aberta as 24 horas a to­dos, para que possam ir lá conhecer, ver de perto, e se juntar a esse trabalho. O Lar em Glorinha, no Rio Grande do Sul, como falou o Ver. Luiz Braz e o Ver. Edi Morelli e todos os outros, não é apenas mais um lar. Ele é uma escola, um local, on­de se formam os jovens, as pessoas carentes, aqueles que não tiveram oportunidade de ter uma família. Eles são atendidos com uma qualidade excepcional, como em todos os trabalhos da LBV. Eles não são apenas atendidos, eles são atendidos e são formados para o futuro. É dada a eles uma chance de competir no mercado de trabalho, entra futuro e, cada vez mais, enrique­cer a nossa sociedade, não só a brasileira, como a mundial. Cada jovem capacitado no mercado, cada jovem criado no ideal ecumênico e soli­dário é um tesouro para as gerações futuras.

Com muita honra, digo a todos vocês que o meu pai, José de Paiva Netto, é um homem que está voltado ao trabalho de garan­tir às gerações futuras uma chance no mercado de trabalho. Há exem­plos de jovens que foram atendidos na Legião da Boa Vontade em Glori­nha e hoje trabalham aqui.

Quero passar aos que estão presentes aqui que o grande segredo da Legião da Boa Vontade, o grande segredo de Paiva Netto é estar em sintonia com Jesus, é estar em sintonia com Deus. (Palmas.) Eu gostaria de terminar a minha participação com a prece ecumênica que Cristo, em sua primeira aparição na Terra, nos deixou. É uma prece rápida, já visando o homem moderno que sempre alega não ter tempo para nada.

 

(Todos rezam a prece “Pai Nosso”.)

 

Senhores, Senhoras, este é o segredo da Legião da Boa Vontade, de Paiva Netto: estar sempre em sintonia com Jesus, com Deus, para levantar o que há de melhor no homem. A sociedade, o ho­mem tem a parte boa, sim. Vamos dignificá-la! Muito obrigado Porto Alegre e Rio Grande do Sul. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Depois de tudo que foi dito sobre o Pai­va Netto, depois da lição de amor ao próximo que nos foi passada pelo Franklin, depois dessa motivação e dessa passagem que ele nos fez de a­mor ao próximo e a Jesus, resta-nos dizer, ao encerrar esta Sessão, da felicidade de presidir esta Sessão Especial, na qualidade de 1º Vice-Presidente desta Casa, da felicidade de compartilhar com o Líder da minha  Bancada nesta Casa, proponente desta Sessão, Ver. Luiz Braz. Leve ao Paiva Neto o nosso abraço e o desejo que Deus, na sua infinita bondade dê a ele muita saúde, muitos anos de vida para que continue esta obra linda, maravilhosa, de amor ao próximo.

 Passamos às mãos do filho do Sr. Paiva Netto o livro “Porto Alegre à Beira do Rio e em meu coração”, dos nossos poetas Luiz Coronel e Luiz de Miranda que é um presente, não meu, mas da Câmara Municipal de Porto Alegre a Paiva Netto para que guarde junto com os inúmeros troféus que, por certo há de ter.

Muito obrigado pela presença de todos. Estão encerrado os trabalhos desta Sessão Especial.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h15min.)

 

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